9 de agosto de 2019

Impostor

É latente
E quando pulsa,
Arde.
Aperta a palma e adormece a ponta dos dedos
De medos, anseios.
E o que teus olhos não enxergam
Teu corpo mostra e te faz reagir
Como um calafrio que arrepia a nuca
Com o arrepio que te franze a testa
Como o desconforto de sentir-se só.
E só.
É no couro, na raiz do teu cabelo
Que o pêlo resgata do ar, o calor
E eu sei que dói menos.
Já era hora
Nesse mundo aqui de fora - não é de agora -
eu me sinto impostor.


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