Como um assovio de nariz na madrugada
Tão baixinho que quase não é nada.
Só que o "nada" no silêncio é barulhento
Muito mais que britadeira
Mais que a obra que começa as oito em ponto
Todo dia,
De segunda a sexta
Até as dezessete.
E se tudo começasse assim?
Duas e quarenta e três da manhã
Com a janela chacoalhando com o vento
Acordando o mais leve dos sonos
Que vai se arrastando durante o dia
Impedindo de pensar em plenitude
De ser o melhor que se pode ser
E se tudo começasse assim?
E terminasse assado?
Fritando minhas ideias só mais cinco minutinhos?
Só pra não sair tão cru.
Lindíssimo! Poesia de verdade!
ResponderExcluirGK