14 de março de 2013

8 meses


Eu me encontro num momento bem específico. Aquele momento que você sente muita vontade de conversar ou escrever sobre alguma coisa, mas essa coisa não sai. Não por não existir nada, mas por existir muito e aí as frases não se formam.

É, eu tô assim e quando isso acontece eu só espero pelo dia disso tudo sair daqui e tomar forma de uma longa e produtiva conversa, ou de um texto cheio de conclusões sobre um ciclo (de alguma coisa) que se fechou.

Mas hoje, mesmo assim, eu tive que vir aqui, me forçar e tentar tirar pelo menos uma gota desse oceano todo de sentimentos. E o que eu consigo pensar, agora, é algo mais ou menos assim:

A gente evolui com as pessoas, mas evoluir não depende delas, depende da gente. A gente aprende com as pessoas, mas aprender também depende da gente. Entende?

Tem quem te faça sorrir, mas também tem quem te ensine a fazer isso. Dá pra entender a diferença? Quando você sorri, não se percebe as duas coisas e isso acontece porque a diferença não ta no sorriso, fisicamente, mas no que você tira daquele momento. E tem quem te ensine a perceber isso. Tem quem te faça caminhar e tem quem te ensine a caminhar. E a diferença não tá no seu passo, mas no que você vê com aquela caminhada. Tem quem te abrace e tem quem ensine a abraçar. E a diferença não tá no abraço, mas no que você recebe e dá de você, naquela hora.  Tem quem converse e tem quem te ensine a conversar. E a diferença não tá no falar, mas no que você entende e passa, com a conversa.

Acho que as pessoas marcam a gente quando a gente aprende alguma coisa com elas. Mais ainda quando a gente aprende esse tipo de coisa com elas. São coisas simples, que fazem parte de todos os dias da nossa vida. E é por isso que elas marcam, porque elas  passam a fazer parte de todos os seus dias, também. O que mais me encanta é que isso acontece de uma forma mágica, porque elas não fazem parte só do seu presente, elas começam a te ajudar a moldar o seu futuro e a reanalisar o seu passado, fazendo com que você aprenda mais coisas com aquilo tudo que já passou.

E no meio desse monte de gente que ensina esse monte de coisas, se você tiver a sorte que eu tenho, você encontra isso tudo em uma só. Poucas pessoas – e eu falo que são poucas porque realmente não conheci muitas – se orgulham de quem tá do lado como eu me orgulho. Poucas pessoas admiram quem escolheu, como eu admiro. Poucas pessoas respeitam e são respeitadas por quem tá ali, todos os dias, como eu sou. Poucas pessoas tem quem "tá ali, todos os dias", presente, confidente, leal, honesta, parceira, palhacinha, séria, consciente, equilibrada, ..., perfeita pra mim, como eu tenho. E eu tenho que agradecer muito por isso. Pelo dia de hoje, pela vida que eu tenho, hoje, que mesmo mergulhada numa loucura, vale a pena. Vale a pena porque eu aprendi a ver assim. Aprendi a ver sentido e ver razão. Aprendi a não ver nada disso e achar bom também.  Podia ser melhor?

Pois é, todos os dias eu acho que não... Mas todo dia eu percebo que é. Tudo isso porque a gente faz ser. Eu tenho que agradecer demais por isso. 

E eu vou.

Um comentário:

  1. toda a perfeição se concentra em você.

    Te amo demais e você me faz a mulher mais feliz do mundo todos os dias!

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