E talvez só o título bastasse, mesmo com a inquietude sem passar. A vontade de falar me coloca em desespero, mas logo ela me abandona por aqui. Não falo, só ouço. Ouço e observo todo mundo lá do lado de fora, enquanto me pergunto quantos deles sabem pra que serve o amor. A grande maioria me responde "pra nada" e eu, tão imatura e inocente, nem quero saber.
Os dias vão passando e eu me apaixono pela minha imaturidade que me faz acreditar que ele ainda existe. Eu acredito porque aprendi a sentir o meu amor. Aprendi a deixar ele falar mais alto que as minhas dores, que os meus sofrimentos, que toda essa inquietude que me trava as palavras, os olhos e - algumas vezes - o coração.
Mas não mais, ou pelo menos não com tanta frequência, porque agora eu também sei enxergar o amor, seja na dor ou no sofrimento, agora eu sei que ele ta sempre ali esperando pra ser lido, sentido, encontrado. E quando a gente o encontra, tudo vira luz, um mar fresquinho e transparente, azul, bem daquela cor que da vontade de pular, mergulhar e se entregar.
Percebi que ler sobre amor me faz sentir ele mais perto, a gente tende a se afastar do que o mundo insiste em dizer que nos enfraquece, mas não, o amor da forças, renova, traz a vontade de continuar, de sorrir, gritar bem alto as poucas palavras que nem sempre estão dispostas a sair. Por isso, talvez, só o título bastasse, mesmo que essa inquietude de querer que o mundo conheça o que realmente importa, não passe.
E eu só queria que as pessoas soubessem o que realmente importa porque nem todas elas sabem, nem todas estão dispostas a saber.
Mas algumas sim. Ainda bem.
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