E era só medo de que soubessem que eu
também preciso de um abraço. Nem loucura, nem fraqueza... Só o puro e simples
medo de ser só normal.
Talvez porque eu achasse que a
normalidade não fosse suficiente, ou porque, dentre os normais, eu não poderia
me ouvir gritar – são tantos. Me perco em dúvidas, me perco em confissões. Eu sei
que me confesso a cada passo e justifico cada respiração. Esse é um defeito
como tantos outros que o mundo nem percebe que eu tenho. Eu percebo.
Eu me cobro e me denuncio. Me julgo e me condeno. Eu me ataco como as pessoas atacam quem se destaca por ser mais fácil eliminar o bom do que ser melhor que isso. É sempre desse jeito desajeitado. Todo o errado acaba virando certo, acaba sendo normal. E eu, anormal, não entendo a distorção e talvez seja um jeito distorcido de ver as coisas – me questiono.
Me pergunto a cada ato desesperado se eu faço a coisa certa, mas quem é que vai dizer que tá errado? Eu nem sei se confio totalmente na minha sanidade. Nem sei se eu mesma posso me responder. Quem pode? Nem isso eu me respondo. Não arrisco e rabisco meu caderno até as ultimas quatro folhas em branco terminarem de rasgar. É mais um que vai pro lixo com todo o meu sentimento interrompido por um telefone que toca, pela tinta da caneta que acaba ou pela ponta do lápis que acabou de quebrar.
Sonhos. Não me dizem nada, eu nem entendo. Eu tento sempre enquadrá-los no que me conforta mais – depende. Às vezes eu acordo pra me destruir. E eu faço isso com uma facilidade fora do comum.
"A história pode – e deve – ser contada a partir de pequenos momentos, aqueles que sacodem a alma da gente sem a grandiloqüência dos heroísmos de gelo, mas com a grandeza da vida. Mereçem elogios, parabéns e bençãos sem fim.Eduardo Galeano"
ResponderExcluirE é isso que vim fazer aqui Bia, lhe desejar tudo de bom na sua vida , adoro ler oque você escreve , e é inevitavél não vir aqui sempre.
Desejo que não lhe falte seguer um grão de inspiração e Um abraço bem gostoso no seu coração.
beijos de mel
me abraça.
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