Pensei em falar como e por onde eu caminhava enquanto concluía algumas coisas, mas de nada me serviria pra justificar os pensamentos. Era visível que eu nem via o que acontecia por ali.
Na realidade, meus pensamentos se voltavam para o medo de perder. Não que eu estivesse com medo naquela hora (até me arriscaria a dizer que faz algum tempo que ele não bate à minha porta), mas meus pensamentos estavam na complexidade do “sentir”.
E então eu percebi que o medo de perder é um dos mais fortes e sinceros que eu conheço. Percebi isso porque quando ele ataca, ele te machuca, ele te corrói. E eu vi o quanto isso é complexo por ele ser um medo meio infundado, meio irreal. É um medo de algo que nem é algo ainda. É um medo de algo que não se sabe nada, só se sabe que será.
Não quando, nem onde e nem nada. Só que será.
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