12 de setembro de 2011

Ah, o amor..

Vivo lendo frases de amor que me passam certa tristeza, mas não consigo me convencer de que amor seja isso mesmo. Por mais que doa, por mais que confunda, não acho que seja essa a parte do amor que eu quero trazer pra mim, tampouco que seja ele o motivo disso tudo.
Gosto de sentir o amor de uma maneira diferente, pra frente. Não gosto da ideia de esperar um retorno pra continuar a sentir. Amor não é isso.
Existem tantas formas de sentir o mesmo amor, tantas formas de ser correspondido ou não por ele. Exigir do amor o que não depende dele definitivamente não é amar.
O amor não é isso tudo que eu leio ou escuto falar. Não pode ser.
Sempre achei que o retorno tem que ser a consequência, não o motivo pra amar. E se você vem e me diz que é isso que dói, eu te desafio a tentar reparar se realmente é o amor que te machuca ou é o que você espera que ele faça por você.
Porque o amor não vai resolver a sua vida por você, não vai tomar decisões por você. O amor não vai conseguir um novo emprego ou te dar dinheiro pra que você faça o que você acha que é melhor e nem nada do tipo. O amor é um apoio, é um empurrão. Ele vai ser aquele cobertor que te esquenta durante a sua jornada, durante as suas batalhas. Vai ser a luz no fim do túnel que não faz nada além de te mostrar que lá - sem dizer exatamente onde e como fazer pra chegar - existe uma saída.
Isso é o amor pra mim, e é por isso que eu não consigo acreditar que ele machuca ou corrói. Não consigo aceitar que seja ele o motivo da desilusão.
Eu me empenho por amor, eu me esforço por amor, eu dou meu sangue por amor. E nem me considero de todas as pessoas a mais romântica. Eu só percebo o amor nos lugares que ele tá. E ele tá em tantos lugares que a gente nem imagina que ele passaria perto.
Ele tá naquele sorriso que vem do nada, aparentemente sem motivo. Ele tá naquele abraço que alguém que você mal conhece te pediu. Ele tá naquele e-mail, naquela carta, naquele almoço, naquele café da manhã surpresa. Ele tá naquele bilhetinho deixado na sua mesa com um Post-it. Ele tá naquele carinho, no latido, no abano do rabinho do seu cachorro. Ele tá em você, ele corre no seu sangue. Isso é o amor, isso é amar.
É isso...
Nada muito conclusivo, mas necessário.

E eu amo, amo com tudo o que eu tenho, com tudo o que eu posso. E é por isso que eu digo e repito incessantemente: Eu sempre vou estar aqui.

3 comentários:

  1. Muito além de qualquer comentário que eu pudesse fazer. Obrigada por compartilhar. Agora vou refletir. Bj Bia!

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  2. Escrevendo o meu "PseudoLivro"... Em um momento da estória, tinha que explicar os sentimentos da personagem, o que achei correto em colocar sobre o amor é:

    "O amor é uma dor passiva, onde todos desejam tê-la, pois não podemos negar que amar doe, mas nem sempre é dor de tristeza, mas o amor é um sentimento tão forte, que nosso pequeno coração humano, não suporta o que ele nos faz."

    Talvez seja isso mesmo...

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  3. genial! pós tudo. novo. sentimentos de uma geração ainda não retratada finalmente posta em letras. AMEI.

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