Tá difícil porque eu quero ser um ideal e não o que eu consigo ser até então.
Tá difícil porque eu insisto em acreditar que se eu tenho consciência que alguma coisa tá certa desse jeito e não como eu faço, o mínimo que eu posso fazer é ser do jeito que eu sei que é certo. Acontece que as coisas não acontecem sempre assim. Nem sempre você consegue ser o que você acha que seria melhor. Nem sempre.
- Pra facilitar a compreensão do dito acima
Nem todo mundo é responsável pelo meu mal estar, nem pelo meu mau humor, nem pela minha raiva, nem pelas minhas decepções, minhas desilusões, minhas descrenças, pela minha falta de vontade e outras coisas mais. Eu sei disso. Tenho plena consciência disso.
Bom, devolver ofensas não é um conselho que eu daria se fosse usar como base toda aquela teoria da boa vizinhança e dos bons costumes. Só que ás vezes, se você não devolve o “tapa na oreia” em quem merece, acaba transformando os “tapas” em “petelecos” pequenininhos e dando em quem não merece.
Agora, se devolver ofensa não é legal, jogar em quem não tem nada a ver com o assunto é menos legal ainda. E entre o não legal e o menos legal ainda eu fico com o não legal.
Mas eu queria ficar com o ideal, sabe? Eu queria chegar num nível que todo o veneno que chegasse até mim, batesse e escorresse até o chão sem nem fazer cocegas e nem sujar a minha roupa. Um nível onde coisa ruim fosse motivo de dó e não de angustia (e até raiva as vezes). Eu queria conseguir olhar pra quem me ofende com olhos de piedade. Isso me pouparia energia e me livraria de um monte de pensamentos macabros (tipo querer quebrar o braço de alguém com um chute, sabe?).
Mas eu vou chegar lá. Vou encontrar o caminho pra chegar nisso e vou trabalhar nele.
Até lá insisto na ideia de que a intenção já é válida. Sabe como é, um jeito de não me cobrar tanto.
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