8 de junho de 2014

Untitled

O pedaço de papel rasgado é o retrato de uma angústia em forma de silêncio. E eu não tenho tempo pra esperar que alguma coisa mude, porque simplesmente não vai mudar. Por isso eu sigo com esse pensamento de um sentimento meio fora do lugar, como se mais nada no mundo pudesse representar o que eu vejo ou o que espero dos outros. Sinceramente acho que nem espero nada... nem dos outros, nem de mim. 
Assim eu me armo como alguém que acredita que não vai mais se machucar. E aí tudo vira história, só um monte de blablabla. Sabe, eu corro o risco de esquecer a realidade, risco de tirar ela pra sempre de dentro de mim. Só que eu não ligo.

Aquele vinho já secou faz tempo, parece sangue - o meu. Acho que até o vento desistiu de entrar aqui. Talvez porque eu não deixe. São tantas más lembranças dentro de uma garrafa vazia...
Eu olho pro lado e percebo que não sou a única alma viva por aqui. Tanta gente andando sem rumo e sem razão. E  eu acho triste? Não. Acho normal. Só que a normalidade me assusta, não gosto dela tanto assim.


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