voltando a ativa (ou nem tanto..)

Como faz tempo que não passo por aqui resolvi passar pra escrever sobre a situação atual do meu eu.
Recapitulando o meu blog inteiro, passei um bom tempo achando que eu tava sem chão. Bom, de fato eu realmente tava e isso não é segredo pra ninguém. Acontece que as coisas mudaram e o tempo (santo tempo) me fez ver que as coisas mudam mesmo e isso não é só um clichê, é também uma verdade (bom, a maioria dos clichês são verdade, por isso se enquadram em tantas situações e são ditos tantas vezes... ahm, e por isso são clichês, não?).
Enfim, um dia eu acordei e era a pessoa mais feliz do mundo, de novo...
É... Quem dera fosse assim. Às vezes até parece que é, porque eu não lembro exatamente onde foi que eu comecei a me sentir assim de novo. Bom, não importa (não pra esse texto).
Voltando ao assunto sem chão... Já me conformei em amar sozinho. Seria engraçado se não fosse trágico (ok, trágico é forte demais), mas você ama tanto, que se conforma em não ter esse amor em troca. É meio vicioso, sabe? Você ama, todos dizem que te faz mal, você não vê. Ponto. É só isso. E eu ainda não vejo que me fazia mal (hahaha teimosia sempre!). Não acho que tenha feito. Eu amei com todas as minhas forças, fui fiel a todos os meus sentimentos, todos os segundos dele. Eu não neguei esse amor por não ter esse amor, e eu acho isso honroso. Bato no peito pra dizer que eu era feliz por dar, de algum modo, um pouquinho de felicidade também. Eu gostava de ser lembrado quando ela se sentia triste. Ouvi um milhão de pessoas me chamarem de “idiota” por fazer isso. Por servir só pra essas horas e ela nem ligar pro que eu sentia. Mas no fundo do meu coração e dos meus sentimentos eu sabia que não era assim. Na verdade eu sempre entendi que o ser humano peca um pouco nesse lado. Quando a gente ta feliz, a gente esquece mesmo um pouco das pessoas. Mas na verdade a gente não esquece. A gente só quer sentir essa felicidade tão intensamente, que acaba colocando o resto em segundo plano, e sabe... eu nunca achei isso errado. Talvez por isso eu sempre tenha aceitado e me conformado tão bem com a situação. Lógico que também existe o fator amor incondicional. Ela me ama e eu sei disso, eu vejo isso. A gente se ama, e se ama mesmo, e todos sabem disso. A nossa amizade é linda, às vezes distante, mas ela nunca, NUNCA congela. Eu sempre me sinto bem do lado dela. Sempre me sinto seguro e eu sei que ela também. É isso que importa.
Acontece que eu olho pra trás e não vejo nada que poderia ter sido diferente. Eu cresci tanto, eu aproveitei tanto, eu ri, chorei, brinquei, zoei, que ainda assim acho que tenha sido tudo perfeito. Besta, não?!
Bom, não. Eu aproveitei, talvez pudesse ter aproveitado mais, mas serve pra vida, mais um aprendizado.
O que eu quero dizer é que eu tinha tatuado no coração que eu não ia mais amar ninguém. Não ia mais querer ninguém pra vida inteira e não ia mais fazer planos. Alguns pensamentos meus aqui desse blog mesmo dizem isso. Lembro direitinho de um que eu falei mais ou menos que tinha aprendido a dar mais valor, a cuidar mais e que ia usar esse aprendizado pra próxima mulher que eu teria do meu lado, mas deixei bem claro que achava que não ia querer ter mais ninguém. De fato demorou. Eu gostei de ficar com algumas pessoas, me sentia bem e me fazia, pelo menos por um tempinho, parar de pensar que eu não tava completa. Mas doía deitar a cabecinha no meu travesseiro à noite e sentir falta daquela pessoa que realmente encaixa com você. Machucava e a cada corte eu me sentia mais resistente. Sempre fui meio masoquista nesse aspecto. Sempre achei que por amor valesse sofrer. Não sei... cada um é cada um. Mas eu ainda acho assim. Amar é uma dádiva, sabe? Gostar de alguém e querer essa pessoa pro resto da sua vida é uma bênção e você só percebe isso quando perde a chance de poder fazer dar certo. Você vê como é gostoso e importante ter alguém do lado, pra dividir tudo. Alguém que sabe como você é, te conhece sem nem abrir a boca. Alguém que sente o que você sente e te faz surpresas e se importa com você. O bom é que ela sempre me fazia isso, mesmo não estando comigo. É isso que eu admiro nela e eu deixo claríssimo que é o que eu sempre vou admirar. A pessoa que ela foi, é e vai ser sempre. Cheia dos conselhos nas horas certas, me dando o ombro quando eu precisei. Me fazendo acreditar na vida, na minha vida. Uma vez ela me disse que eu acreditei nela quando ela mesma não acreditava mais. Sabe... Ela fez isso por mim tantas vezes que eu já perdi as contas. Acompanhou uma barra difícil da minha vida, que hoje, tá quase resolvida com a maior parte da ajuda dela. Eu agradeço a Deus por você. E você sabe disso. Sabe que nós tivemos muito alem do que se pode dizer aqui.
Bom, o tempo foi passando, pessoas foram passando e nada mudava. Como eu falia, já tinha me conformado com a situação. Eu já não tava mais esperando ninguém, rezava e pedia, mas não esperava. Aí o cara lá em cima resolveu me dar um presente, e foi meio de supetão. Em meio a um turbilhão, mas foi bom.
Vocês sabem... As coisas não acontecem como a gente planeja, por mais que a gente planeje. Às vezes acontece bem melhor e nesse caso foi assim. Eu encaro mais ou menos assim... Eu tava precisando de um empurrão, de alguém que viesse e me resgatasse, alguém que pudesse me fazer sentir o que era ser feliz de novo, ela também tava precisando de alguém assim... nossas vidas nos trouxeram até aqui, o resto... bom, o resto eu vou contar agora pra vocês.
“Eu conheci uma menina que eu já conhecia de outros carnavais, com outras fantasias..”
Um certo dia ela olhou pra mim, e eu não vi. E aí eu olhei pra ela, e ela não viu. Isso consumiu um tempo que a gente deixou passar, mas foi bom... Foi bom pra conhecer essa menina, conviver e ver que era isso mesmo...
É pecado dizer que eu já pensava em você quando não podia pensar? Eu me corrigia, me punia e dizia que não tinha nada a ver. Pois é, tinha tanto que hoje eu não vivo sem. Eu vi ela chorar, rir e zoar. Alias, zoar principalmente. Eu nunca conheci ninguém igual. Eu sei que quando eu a chamava de porra louca, ela sempre achava mal, mas nem importa, nunca liguei mesmo. Eu gostava quando ela tava junto, achava chato quando ela não tava e ela também. Carreguei nas costas toda vez que tomava os porres, hahaha, e eu gostava disso, no fundo. Não dos porres, mas de ver que ela sempre queria ta por perto. Bom, só faltava um tropeço pra ela cair bem aqui, na minha frente e eu segurar, olhar nos olhos dela e ver que é ela quem poderia me salvar de tudo aquilo que eu achava que não me salvaria mais. “Você me fez sentir de novo o que eu já não sentia mais... você me faz tão bem”.
Hoje eu voltei a fazer planos, voltei a querer um cachorro. Voltei a dormir em cima do travesseiro e não do lado, porque agora, do meu lado eu tenho ela.
Voltei a dormir tarde, acordar cedo podre de cansada, mas nem dar bola, porque mais tarde eu não vou querer dormir, quero ficar olhando pra ela. Voltei a rir de tudo, a cantar quando não tem nada pra dizer, ao invés de se perder em um silencio profundo. Voltei a ouvir musicas pra prestar atenção na letra e mandar pra ela. Voltei a achar que tudo é tranqüilo, e nada vai me atingir porque agora, o que me importa é ser feliz. E eu sempre tive isso do meu lado... Só demorei pra perceber.

Lareira pra acender, o céu pra se olhar
E tudo esta tranqüilo por aqui
Você vai me vencer, eu vou me apaixonar
Não há mais o que decidir...
Dos nossos lábios todas as palavras nada dizem...
Aos nossos olhos tudo o que já vimos foi vertigem
E é tudo tão real, mas nada normal.
Te lembro e já me sinto ao seu lado no seu mundo
Me identifico com você de um jeito tão profundo
E é tudo tão real, mas nada normal